
O Amor é o Que o Amor Faz | Casamento no Jamboo Rio em Vargem Grande
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Quem diria que o amor começaria por conta de um grupo sobre carnaval no Facebook — um espaço virtual aparentemente comum.
Mas foi lá, entre mensagens e planos para um bloco de rua, que duas almas se encontraram.
Como Jurema Werneck escreveu: “Nossos passos vêm de longe”.
Este encontro não foi apenas uma coincidência; foi o início de uma jornada, um caminho traçado por ancestrais, um encontro de almas que parecia predestinado.
O amor floresceu na simplicidade de um carnaval, entre fantasias e a euforia dos ruás, trazendo a promessa de algo eterno.
A história desse casal é uma celebração do amor entre mulheres pretas.
Um amor que, nas palavras de bell hooks em *All About Love*, é “uma ação, uma prática”.
É um amor que desafia as normas, que se levanta contra a adversidade, que floresce apesar das pressões de uma sociedade ainda marcada pelo racismo e pela homofobia.
É um amor que, como Conceição Evaristo nos lembra, resiste e persiste, construído na força de mulheres que “escrevem sua história com tinta de luta e resistência”.
Este amor é uma jornada de libertação.
Como bell hooks afirmou, o amor é “uma combinação de cuidado, comprometimento, conhecimento, responsabilidade, respeito e confiança”.
No casamento, esse amor foi celebrado não apenas como uma união de duas pessoas, mas como um ato de liberdade, uma afirmação de identidade.
É o amor que encontra alegria e resistência na luta, que transforma a dor em poder, e o medo em coragem.
Os votos trocados neste casamento foram mais do que palavras: foram promessas de um futuro juntas, um compromisso com o amor, o respeito e o crescimento mútuo.
Elas falaram de um amor que “constrói e se constrói nos detalhes”, um amor que é paciente, gentil e, acima de tudo, resiliente.
Como Djamila Ribeiro diz, “ser feliz é a maior resistência de um corpo preto neste mundo racista”.
E neste dia, elas escolheram a felicidade como sua forma de resistência.
Este amor também é um testemunho da ancestralidade e espiritualidade profundas que o permeiam.
Ele honra as antepassadas, celebrando não apenas uma união entre duas pessoas, mas a continuidade de uma linhagem, de uma história.
Como a poesia diz, “é na força das águas e com as bênçãos de Iemanjá que seguimos juntas”.
Esse amor está enraizado na história, na cultura, e em uma espiritualidade que transcende o presente.
Agradeço pelas pessoas que fizeram isso possível, agradeço à Nara por ter juntado tanta gente disposta à ação.
Na foto de capa, um clique de muitos da Clara.


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